sexta-feira, 15 de junho de 2012

Porquê promover a educação financeira?




A educação financeira é fundamental para uma gestão financeira saudável. O constante surgimento de novos produtos, e o seu rápido desenvolvimento, torna os serviços financeiros cada vez mais complexos. Os consumidores devem estar dispostos a educar-se em termos financeiros para que possam tomar decisões informadas. A educação financeira iniciada em idade precoce permite, no futuro, olhar para as questões financeiras como uma parte natural do seu estilo de vida.

A necessidade da educação do consumidor é cada vez mais evidente a nível europeu. Uma série de acontecimentos, incluindo a globalização, a criação do mercado único europeu, as novas tecnologias de informação, combinadas com as mais sofisticadas estratégias de promoção de novos e complexos produtos, impõe uma exigência significativa sobre os consumidores que tentam fazer escolhas cuidadosas e racionais.

No domínio dos serviços financeiros, e integrada nas actividades do dia-a-dia de todos os consumidores, são exigidas competências e conhecimentos específicos aos consumidores para que possam lidar com as tomadas de decisões quotidianas.
Por exemplo, as pensões estatais no futuro serão menos capazes de proporcionar um bom padrão de vida, sendo a tendência para os consumidores se tornarem responsáveis pela provisão da sua reforma. Estas tendências vão continuar e os consumidores enfrentam o desafio da educação financeira como uma experiência ao longo da vida, para que se possam tornar eficientes na tomada de decisões racionais.
É óbvio que os jovens de hoje têm muito mais responsabilidade financeira do que seus pais tiveram. No entanto, pesquisas mostram que os jovens, consumidores inexperientes, são menos capazes de compreender a natureza desta responsabilidade do que a geração que os antecede.
A experiência tem demonstrado que seria benéfico iniciar o processo da educação financeira dos consumidores o mais cedo possível. Por esta razão é essencial treinar os professores para que proporcionem a educação financeira de uma forma natural a crianças em idade escolar. Para alcançar este objectivo, a Comissão está a expandir o projecto DOLCETA para a formação de professores no domínio dos serviços financeiros.

OBJETIVOS

Um consumidor educado e confiante é capaz de fazer escolhas fundamentadas e informadas, como um indivíduo. Esse consumidor também contribui directa e indirectamente para a vida económica e para a competitividade das empresas, trazendo benefícios económicos a outros consumidores em termos de preço, bem como uma maior escolha e qualidade.
As crianças precisam cada vez mais de entender como funcionam as finanças e desenvolver bons hábitos desde muito cedo, para evitar problemas mais tarde, sendo os adolescentes um grupo particularmente vulnerável. Actividades transnacionais são importantes para os jovens que vivem nas fronteiras entre países, mas com a internet a actividade transnacional tornou-se mais comum e os jovens estão na frente nesta nova forma de consumo.
Para todos os consumidores, mas especialmente para crianças e jovens, a informação não é suficiente – é demasiado passiva. É necessário educação – uma participação activa no processo de reflexão e compromisso com pressões e interesses, que por vezes são conflituosos, entre os interesses individuais e os da sociedade. Os tópicos financeiros devem ser desmistificados para os consumidores jovens e a experiência de aprendizagem das questões financeiras deve ser divertida.
Para atingir os objectivos acima mencionados, os consumidores jovens precisam do conhecimento, da compreensão e das competências para:
  • Serem capazes de identificar as suas necessidades em relação a tópicos financeiros particulares – Desejos e necessidades
  • Encontrarem informação apropriada e de confiança – “Procura e descoberta”
  • Compreenderem o funcionamento das finanças, serem capazes de encontrar informação, tomarem decisões informadas e agirem de acordo com os objectivos a atingir da forma mais eficiente – “Analisar e avaliar”
  • Serem capazes de comparar diferentes ofertas – “Comparar”
  • Serem capazes de tomar uma decisão informada e responsável – “Decidir”
  • Serem capazes de agir de forma eficaz em relação a assuntos financeiros relacionados com as suas necessidades, e serem capazes de realizar transacções simples ou complexas – “Utilizar”
  • Serem capazes de prever as consequências positivas e negativas de diferentes decisões e acções, em particular os riscos e perigos que são frequentemente encontrados nas cláusulas contratuais (letras miúdas dos contratos) – “Avaliar as consequências”
  • Todas estas competências requerem a capacidade de levantar questões importantes e obter respostas. Os estudantes não podem procurar e encontrar informação se não sabem que questões colocar para obter as respostas que necessitam. A competência global, que é a chave para todas as outras, pode ser:
A capacidade de formular e comunicar questões relevantes e encontrar respostas adequadas.
O propósito deste módulo não é escrever longos cursos descritivos ou ensinar economia. Os nossos alvos não são professores de teoria da economia. O nosso objectivo é oferecer ideias, materiais práticos e ferramentas de metodologia para qualquer professor que deseje incluir educação financeira nas suas lições poder assim facilmente prepará-las.
Existem fichas técnicas para uma série tópicos relevantes, para completar o material já disponível no sítio do DOLCETA no Módulo Serviços Financeiros, hiperligações e fontes de informação adicionais, planos de aula com ferramentas de ensino e aprendizagem direccionadas para as competências acima enunciadas, em 4 categorias abrangentes:

Autoria Equipa DOLCETA


DOLCETA PORTUGAL - Educação online para a cidadania
Coordenação nacional da responsabilidade de:
Prof. Doutora Clara Magalhães
Universidade de Aveiro / Campus Universitário de Santiago / PT 3810-193 Aveiro

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