quinta-feira, 14 de junho de 2012

Guarda os seus alimentos em caves ou garagens?

Em locais onde a disponibilidade de alimentos hortícolas é abundante, recorrer a celeiros, caves, arrecadações ou outros locais semelhantes, próximos da residência, representa um meio alternativo de grande comodidade para o consumidor. Nesses locais podem armazenar-se, por longos períodos de tempo, alimentos como cereais, fruta, batatas, cebolas, alhos, fruta, enchidos, etc.

Estes locais são geralmente bastante frescos e protegidos da luz solar, condicionando uma atmosfera muito favorável na preservação dos alimentos. Contudo, não será de menosprezar alguns cuidados que o consumidor deve vigiar para assegurar a qualidade dos produtos que armazena:

  • Limpeza das instalações: dado que representam áreas de pouca circulação, as caves, celeiros, garagens, e outros locais escolhidos, a higiene destes locais tende a ser esquecida. Deste modo, facilmente podem acumular resíduos alimentares que, se deteriorados, poderão contaminar o ar circundante e contribuir para a contaminação microbiológica dos alimentos existentes, aumentando o risco do seu consumo e diminuindo a sua qualidade. Além disso, poderão atrair insetos e roedores que ataquem os alimentos, favorecendo pragas e causando irremediavelmente danos económicos;
  • Controlar a rotatividade dos stocks: pode acontecer frequentemente o armazém escolhido ser continuamente abastecido com hortofrutícolas que se pretendem disponíveis todo o ano (ex. batatas, cebolas). Neste caso, deve existir um particular cuidado para armazenar estes alimentos de modo a que a ordem de consumo corresponda à ordem de armazenamento. Assim, evitar-se-á o envelhecimento e/ou esquecimento de alimentos, os quais acabam por ser rejeitados;
  • Demarcar a área destinada ao armazenamento alimentar: nestes locais é comum serem armazenados outros produtos, nomeadamente químicos, para além da eventual existência de animais domésticos como cães, coelhos, galinhas, etc., que aí vivem. Este facto resulta na indubitável contaminação dos alimentos armazenados e, por conseguinte, deve ser totalmente evitado. Por outro lado, é também usual alguns alimentos serem protegidos com inseticidas, ou outros produtos químicos (ex. sulfato nas batatas), para prolongar o seu tempo de vida útil. É pois conveniente que, na área de armazenamento alimentar demarcada, não ocorra mistura dos alimentos entre si, já que alguns dos hortofrutícolas armazenados nestes locais são consumidos com casca e cuja ação química pode também contribuir para a sua deterioração mais rápida;
  • Evitar zonas com humidade: o aparecimento de focos de água, tais como canalização própria, fontes, etc. poderá causar problemas na segurança alimentar de alimentos armazenados nestes locais (ex. cereais) se o desenvolvimento de fungos e bolores ocorrer. Alguns destes microrganismos, na ausência de arejamento e humidade, poderão propagar-se e produzir micotoxinas, metabolitos resultantes do seu desenvolvimento e capazes de causar sérios danos na saúde do consumidor. Assim, as áreas eleitas para o armazenamento devem, favoravelmente, ser distantes de um eventual ponto de água que possa existir.

Seguindo as orientações enunciadas, o consumidor contribui para prolongar a qualidade e o tempo de vida útil dos alimentos armazenados mas sobretudo proteger a sua saúde e o investimento, temporal e financeiro, realizado.
Autoria Equipa DOLCETA








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