quarta-feira, 2 de maio de 2012

Os consumidores precisam de ser educados


A sociedade está a mudar de forma rápida. 
Estão em permanente mutação as relações entre o indivíduo e o objeto e deste com o ambiente, assim como entre os produtores, os distribuidores e os consumidores.


  • Nos últimos 60 anos a sociedade, devido a diferentes e sucessivos saltos tecnológicos, tem vindo a mudar velozmente, produzindo alterações de ordem cultural, social, económica, financeira, tecnológica e técnica. Olhando para as últimas seis décadas de história europeia e de Portugal, verificamos que os consumidores tiveram de confrontar-se com uma grande mudança de estilos de vida e de hábitos de consumo (veja-se o exemplo do uso dos telemóveis, que só surgiram em 1990 e eram então escassos).
  • A crescente concentração urbana, determinou novas formas de mobilidade das populações com novas exigências de consumo tanto material como imaterial (economia cada vez mais desmaterializada e simbólica). A conjugação de todos estes fatores introduziram novos problemas de identidade aos consumidores
  • Tudo mudou. A relação entre o indivíduo e o objeto, a relação entre o objeto e o ambiente, as condições da compra, o processo de construção da identidade pessoal e social. Neste contexto emergiu o individualismo e mais recentemente o hiperindividualismo que se pode sintetizar na fórmula «eu sou o que consigo comprar e do modo como o compro». Esta nova sociedade de consumo, competitiva e dependente da aceleração do tempo real, também provocou uma mutação permanente nas relações entre os produtores, os distribuidores e os consumidores.
  • Assim, as mudanças no mercado de trabalho e de emprego, a nova atitude perante as compras a crédito, a necessidade de escolher produtos eficientes no mercado de escolha múltipla (hiperescolha), obrigam o consumidor a usar de novos critérios de prudência e aconselhamento que não existiam no passado. É nesta nova realidade que radica a Educação do Consumidor (e passamos a usar o acrónimo EC)
  • Neste novo mercado de escolha múltipla é imperativo dispor-se de critérios fiáveis para escolher o que é verdadeiramente inovador no conjunto de produtos onde por vezes as diferenças são meras aparências. Assim se pode ver como a EC é uma ferramenta indispensável que contribui para sermos responsáveis e críticos, e sermos capazes de mobilizar diferentes saberes para tomar decisões úteis para o indivíduo, para o ambiente e para a solidariedade entre consumidores.

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